quarta-feira, 2 de novembro de 2011

*"PROPOSTA TÍMIDA"IMPEDE ACORDOPARA FIM DA GREVE EM BRASÍLIA



Após terminar sem acordo a primeira audiência de conciliação, realizada na última segunda-feira, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), operários e o consórcio construtor do Estádio Nacional de Brasília voltam a se reunir na quinta, para tentar acabar com a greve deflagrada na última quarta.
Os 2,3 mil trabalhadores reclamam do salário – que varia de R$ 650 a R$ 1 mil; da falta de plano de saúde e odontológico; das condições do alojamento e da qualidade da comida servida. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), Raimundo Salvador, o consórcio apresentou durante a reunião uma proposta "muito tímida", mas que será avaliada ainda nesta terça em assembleia.
O Consórcio Brasília 2014, responsável pelas obras, informou que ofereceu na audiência um abono correspondente a 30% do salário a ser pago em dezembro e proporcional aos meses trabalhados. Além disso, propôs a entrega de cestas básicas no valor de R$ 50. Os trabalhadores pedem cesta de R$ 176. A assessoria do consórcio disse que algumas reivindicações já haviam sido acatadas, como pagamento de plano odontológico e reforma dos alojamentos e refeitórios, já concluída. Outros pedidos, como plano de saúde e aumento do valor das horas extras, foram negadas.
Os trabalhadores querem ainda uma gratificação mensal de R$ 800, equivalente a cerca de 80% do salário. O consórcio afirma que ofereceu metade do valor, mas que o TRT considerou o pagamento ilegal, pois a gratificação não entra nos cálculos da Previdência.
Briga judicial

Na última sexta-feira, o desembargador presidente do TRT da 10ª Região, Ricardo Machado, negou a liminar contra a greve promovida pelos trabalhadores pedida pelo Consórcio Brasília 2014, responsável pelas obras. O consórcio pediu determinação imediata de retorno dos empregados ao trabalho, sob multa diária de R$ 200 mil e desconto dos dias parados de cada um. Machado indeferiu o pedido, embora considere que a greve dos operários não estaria de acordo com a lei.
g1 e globoesporte

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