quarta-feira, 2 de novembro de 2011

*FOCOS DE GREVE EM ESTÁDIOS DE 2014PODEM INDICAR PARADA GERAL EM BREVE

Das 12 sedes escolhidas para receber a Copa do Mundo 2014, cinco já tiveram suas obras paralisadas por conta de movimentos grevistas só neste ano. Além de tirar o sono da Fifa e das autoridades brasileiras com atrasos em reformas que já correm contra o tempo, as ações, pouco a pouco, podem até desencadear uma paralisação geral até o início de 2012, teme a União Geral dos Trabalhadores (UGT), principal órgão nacional ligado aos sindicatos da indústria pesada.
O interesse, garante o presidente da entidade, está longe de ser atrasar o cronograma e prejudicar o principal evento que o país vai sediar nos últimos tempos. Mas Ricardo Patah acredita que, enquanto não houver conscientização por parte dos contratantes quanto à magnitude do que se tem pela frente, a situação tende a se manter na corda bamba. Nos últimos dias, operários de Pernambuco - pela segunda vez - e de Brasília cruzaram os braços, juntando-se a Cuiabá, Rio de Janeiro (a referência de sucesso dos sindicalistas, cuja obra parou, ao todo, por 24 dias) e Belo Horizonte, cujos consórcios tiveram de costurar novos acordos.
- O movimento que ocorreu no Maracanã, especialmente, repercutiu em todos os estados do Brasil e virou referência. E os trabalhadores sabem que vivem um momento único na história. É a chance de recuperar as perdas do passado em termos de salário e tratamento e se equiparar a outros setores. Isso tem sido muito falado. É uma soma de situações, que acontece em todos os países fora do primeiro mundo, como foi na África do Sul (último Mundial, em 2010, que também não foi exemplo de pontualidade): tem a questão social, a visibilidade... O Brasil é uma vitrine, é lógico que deve-se mudar a abordagem. Nossa orientação é ter equilíbrio nas negociações, até porque a Copa vai além de simples jogos. Não haverá radicalização se houver demonstração efetiva de diálogo, que precisa estar sempre aberto. Mas pode vir a ocorrer uma paralisação conjunta maior, sim, ainda que torçamos para que não - afirmou Patah.
obras na Arena Pernambuco para a Copa (Foto: Divulgação / Site Oficial)Panorama de outubro da Arena Pernambuco, que só tem 20% de obras feitas (Foto: Divulgação / Site Oficial)
O líder da UGT irá, até o fim deste mês, à Dacar, capital do Senegal, onde se denuncia o trabalho escravo, e aproveitará, ao lado de órgãos internacionais, para falar com representantes da Fifa na Europa, como uma forma de tranquilizá-los, mas, ao mesmo tempo, ligar o sinal de alerta para a série de dificuldades que os operários vêm relatando nas obras
globoesporte

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