sábado, 19 de novembro de 2011

O eco das reclamações trabalhistas de sindicatos ligados à construção pesada chegou à Fifa. Acionados, representantes da ICM (Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira), se reuniram com a entidade, em Zurique, na Suíça, para denunciar que a maioria dos consórcios continua pagando muito mal a seus funcionários e que uma iminente greve geral pode prejudicar seriamente o andamento das obras para a Copa do Mundo 2014.
O órgão articulou as paralisações na África do Sul, que garantiram melhorias aos operários, mas também atrasaram a entrega de alguns estádios. No Maracanã, Mineirão, Arena Pernambuco e no Estádio Nacional de Brasília já houve braços cruzados, além de ameaças na Fonte Nova e na Arena Pantanal (Cuiabá). Secretário-geral do ICM, Ambet Yuson relatou o tom do diálogo.
Obras estádio mineirão  (Foto: Sylvio Coutinho / Divulgação)Obras do Mineirão foram interrompidas, mas voltaram à normalidade (Foto: Sylvio Coutinho / Divulgação)
- Há questões de saúde e segurança, e os salários são muito baixos. Quando você tem de correr, os acidentes acontecem - disse o filipino à Reuters.
Dez das 12 cidades-sede estiveram representadas em São Paulo, na última quinta-feira, e definiram padrões de ordenados e benefícios para serem cobrados a partir do início de 2012, de modo que não haja mais movimentos isolados. Eles ouviram o que Yuson trouxe do papo com o homem-forte da Fifa, Jérôme Valcke, e ficaram animados. A entidade teria se comprometido a agendar visitas periódicas de equipes especializadas em condições trabalhistas.
O piso salarial de R$ 968 e vale-alimentação de R$ 300 são alguns dos pontos requisitados.
 Agências de notícias e GLOBOESPORTEZurique, Suíça

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