Terminou em acordo a audiência entre a comissão dos trabalhadores em greve e o consórcio responsável pela construção do Estádio Nacional, em Brasília. A obra está parada desde a quarta-feira da última semana, quando os cerca de 2.300 operários cruzaram os braços. Os pontos do trato estabelecido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta quinta, serão levados para discussão em assembleia nesta sexta, logo no início da manhã e, se aprovados, o trabalho vai ser retomao logo em seguida. Caso a proposta seja negada, a greve irá a julgamento.
Na reunião, os dois lados aceitaram a proposta feita pelo desembargador que atuou na conciliação, Ricardo Alencar Machado. Além de uma cesta básica de R$ 121,55, o consórcio concordou com o pagamento de dois abonos semestrais equivalentes a 30% do salário-base dos operários e com a estabilidade de 100 dias para a comissão de negociação. Quanto aos dias parados, os operários vão compensar com uma hora diária metade dos seis dias úteis de paralisação na obra. O restante será incorporado pelo consórcio.
- O que nós precisamos fazer é retomar a obra. Os senhores estarão livres de greves? Claro que não. E a tendência é aumentar - disse Alencar, em pedido aos advogados do pool de empresas.
O consórcio já havia aceitado algumas das reivindicações feitas pelos trabalhadores, como um plano odontológico, mudanças nos critérios dos prêmios por produtividade e adiantamento mensal dos salários. Os operários também conseguiram melhorias no refeitório da obra e um recesso de fim de ano de dez dias.
globoesporte
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