Durante o lançamento do livro “Primeiro tempo”, que fala da sua trajetória no futebol, Pelé evitou se alongar nos questionamentos sobre denúncias de corrupção envolvendo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro foi alvo, em maio deste ano, de denúncias feitas pelo jornalista inglês Andrew Jennings, que escreveu um livro sobre corrupção na Fifa.
Segundo Jennings, a Justiça da Suíça tem um processo contra Teixeira, que é acusado de recebimento de propina da empresa ISL, que já faliu. De acordo com o jornalista inglês, há um acordo entre a Justiça e o dirigente brasileiro, no qual este devolveria o dinheiro (aproximadamente US$ 10 milhões - cerca de R$ 17,5 milhões) e o caso teria sigilo sobre seu nome. O cartola depos na última quinta-feira em uma delegacia no Rio de Janeiro, e a investigação segue em curso.
- Acredito não ter nada dessas denúncias. Mas vão ter de provar - disse Pelé.
O Rei ainda comentou que chegou a ter problemas com João Havelange durante a Copa dos Estados Unidos, em 1994, e que Teixeira teria tomado partido da situação. No entanto, ele afirmou que o caso já foi resolvido.
- Tive um desentendimento com o Havelange, e ele (Teixeira) participou, mas depois fizemos as pazes.
Pelé falou também do atraso e das constantes denúncias de superfaturamento das obras para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil. O ex-atleta usou a África do Sul como exemplo para dizer que o Mundial tem chances de dar certo no país.
- Na África tinha muitos problemas, e tive a felicidade de fazer parte de um comitê com Bill Gates (um dos fundadores da Microsoft) e Bono Vox (vocalista do U2), no qual levantamos US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 43,7 milhões). A África tem menos estados, mas temos capacidade de fazermos bem uma Copa.
globoesporte
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