Os operários que trabalham nas obras da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, voltaram aos canteiros nesta segunda-feira, após seis dias de greve. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Terraplanagem em Geral (Sintepave/PE) decidiu orientar a retomada das atividades, até que um acordo com a construtora Odebrecht seja firmado.
De acordo com o assessor do órgão, Leodelson Bastos, o prazo para negociação é de cinco dias.
- A greve só se dá quando acaba o diálogo. A empresa pediu um prazo de cinco dias. Eu creio que, com essa janela do diálogo aberta, seja solucionado o problema da obra. Estamos confiantes e, até lá, as atividades voltam ao normal - afirma Bastos.
Assim como em outros movimentos ligados aos estádios da Copa do Mundo 2014 - Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, por exemplo - pede-se aumento de benefícios, melhores condições de trabalho e, no caso específico de Pernambuco, também a saída do segurança da obra, um coronel reformado, que estaria agredindo os funcionários em abuso de poder.
A Odebrecht, empresa vencedora da licitação, protocolou uma ação de dissídio coletivo que visa impedir a greve. Ainda nesta segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE) deve anunciar o resultado do julgamento da legalidade da paralisação.
Prejudicial aos planos de 2013
Longe de ser uma das reformas mais adiantadas em cronograma, a Arena, que será utilizada pelo Náutico depois de pronta, ainda tinha chances de receber a Copa das Confederações, em 2013. Em evento no dia 20 de outubro, em Zurique, na Suíça, a Fifa condicionou a entrada da capital nordestina, assim como Salvador, ao avanço satisfatório dos trabalhos até junho de 2012. Com o impasse recente, a imagem se arranha e as chances já tendem a diminuir.
globoesporte
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