O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), afirmou nesta quinta-feira, durante reunião do Comitê Gestor do Projeto Copa das Confederações 2013 e Copa do Mundo 2014, o investimento de R$ 1 bilhão para obras que tentarão minimizar os impactos e estragos causados pelos temporais na capital mineira.
Além dos recursos, Lacerda disse esperar que o fato das duas competições serem realizadas durante os meses de junho e julho, durante o período de escassez de chuvas, ajude a evitar que o trânsito da capital mineira praticamente pare, como acontece em dias de chuva forte.
A preocupação surgiu após o temporal que atingiu a capital na tarde da última terça-feira e que, além de alagar vários pontos e derrubar quase 100 árvores, travou o trânsito na região central da cidade. No dia a Companhia Energética de Minas Gerais informou que um curto-circuito numa das redes da empresa causou um apagão que deixou 2,3 milhões de pessoas sem energia em duas regiões do Estado. Quase todos os semáforos do centro de BH e de Contagem desligaram e os congestionamentos ocuparam as principais vias dos dois municípios.
"Seria mesmo uma mudança climática muito extrema, de acontecer grandes precipitações nos meses de junho e julho", disse o prefeito. Ainda segundo Lacerda, mesmo assim a prefeitura trabalha para minimizar os riscos que uma possível chuva nesse período possa causar. A primeira medida foi a instalação de um radar meteorológico vindo da Finlândia que poderá identificar a aproximação de grandes massas de chuvas e de granizo com algumas horas de antecedência.
O montante anunciado nesta quinta-feira será investido em obras exclusivamente em cursos d'água. Outra medida que será estudada é a criação de uma central de operações de emergência, "onde estariam representados todos os órgãos com poder operacional para se mobilizar de forma conjunta e mais rapidamente, para atender não só as áreas de alagamento, como também quedas de árvores, problemas de sinalização de trânsito, engarrafamentos e outras situações", disse.
Entretanto, Lacerda disse que o problema enfrentado por Belo Horizonte vai além das obras e medidas que serão tomadas. "Isso certamente não é suficiente. Nós temos 82 pontos possíveis de alagamento em Belo Horizonte e teremos ainda muitos anos de obras pela frente para dizer que estamos próximos de 100%, que nunca será possível de alcançar dada as surpresas que a natureza nos reserva", concluiu.
Obras de Mobilidade Urbana
O Comitê Gestor das Copas das Confederações e do Brasil em 2014 divulgou nesta quinta-feira um balanço das obras de mobilidade urbana que estão em andamento nas cidades-sedes do mundial. O prefeito Marcio Lacerda disse que o governo federal fez um levantamento que mostrou Belo Horizonte à frente do restante das capitais. Segundo Lacerda, das das 49 grandes obras de mobilidade urbana a serem feitas, apenas nove que já começaram a ser executadas, cinco delas na capital mineira.
Entre as obras que já tiveram início estão a do sistema de transporte conhecido como Bus Rapid Transit (BRT); a duplicação da Avenida Dom Pedro I, que liga a região norte da capital ao Mineirão e região central; e a ampliação do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana. "Estamos em um bom ritmo de obras. Teremos todas as condições de fazer o nosso dever de casa e tornar Belo Horizonte uma das cidades mais preparadas para receber os eventos", afirmo
TERRA
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