quarta-feira, 14 de setembro de 2011

* TURISMO/CORRUPÇÃO



Um povo amigável, simpático e alegre em um país de diversidade e belezas naturais. São essas as imagens que ficam marcadas na cabeça dos turistas estrangeiros que deixam o Brasil após viagens de férias ou a negócios. E é nessa imagem que confiam o governo e os empresários do turismo para atrair e manter os visitantes internacionais que virão para a Copa do Mundo de 2014. Mas, a quase mil dias da abertura do Mundial, o governo se esforça para evitar que esta imagem se contamine com os escândalos de corrupção que tomaram o noticiário do país nos últimos meses.
Desde junho, quatro ministros deixaram o governo, três deles após denúncias na imprensa de algum tipo de favorecimento ilícito pelo uso do cargo. Para a organização não-governamental Transparência Internacional, é o tipo de situação que cria a percepção de corrupção no país. Não é nada novo: já em 2010, o Brasil figurava na 69ª posição no ranking internacional da ONG, entre 178 países pesquisados e atrás de países africanos e da América Central. No anterior, era o 75º.
A despeito do esforço empreendido pelo governo para combater a corrupção e os escândalos que surgem, o discurso sobre o tema para a Copa tenta mostrar tranquilidade. Presidente da Embratur, empresa estatal que gerencia a imagem do país no exterior, Flávio Dino não mostra preocupação com a possibilidade de que a crise detonada no governo pelas denúncias afete a preparação para a Copa ou a imagem do país. Segundo ele, os escândalos recentes são na verdade um sinal de maturidade das instituições nacionais.
- Isso demonstra a vitalidade e a qualidade da nossa democracia. É provável que neste momento haja mais órgãos preocupados em fiscalizar a Copa do que executá-la. Existem grupos especiais do Ministério Público, TCU [ Tribunal de Contas da União], CGU [Controladoria-Geral da União]. Na Câmara e no Senado, são pelo menos umas 15 comissões que tratam de Copa do Mundo. Então é verdade que existe um aparato de fiscalização sofisticado, mas isso não é negativo, pelo contrário. É uma segurança para os executores que têm a responsabilidade concreta de fazer.
globoesporte.com

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