terça-feira, 13 de setembro de 2011

*SEGURANÇA

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) promoveu um congresso, na manhã desta segunda-feira (12), para traçar uma Agenda Estratégica de Segurança para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016. Principal autoridade presente no evento, José Eduardo Cardozo, ministro de Estado da Justiça, enfatizou que o Brasil só conseguirá ser um anfitrião seguro para atletas e turistas se houver total integração de governos e forças policiais.

- A integração é a chave para resolver o problema. Vamos superar os entraves políticos em prol da segurança. Pouco importa o partido e a ideologia das pessoas envolvidas. Devemos buscar pontos convergentes, e não divergentes. Até porque integrar um País como o nosso, com forças policiais distintas e diversas fronteiras, é um desafio muito grande.

Como quem dá o exemplo, o petista cumprimentou entusiasticamente a "colega de academia" Eloísa de Sousa Arruda, secretária de Estado de Justiça e Defesa da Cidadania do governo Geraldo Alckmin.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, seguiu o raciocínio do ministro da Justiça, um dos incentivadores do Congresso Segurança Brasil. Ele ainda negou que as ausências no evento do prefeito Gilberto Kassab, do governador Geraldo Alckmin e de Orlando Silva, ministro do Esporte, tenham sido exemplos de "desintegração" no combate à violência.

- O ministro tinha um compromisso com a presidenta Dilma Rousseff nesta manhã. O prefeito se desculpou, mas continua sendo um grande parceiro. E o governador estava muito bem representado. Todos estão interessados, sim. Não é possível que haja alguém desinteressado na segurança de grandes eventos.

A preocupação não é apenas nacional. Entre os palestrantes do congresso, estavam o sul-africano Bem Groenewald, major general da Polícia da África do Sul e membro da Comissão de Segurança da Copa do Mundo de 2010, e o israelense Lior Lotan, pesquisador sênior do Instituto Internacional para Política de Contraterrorismo (ICT) e ex-comandante das Forças de Segurança de Israel.

- Escolhemos bem esses convidados, que podem contribuir com o Brasil, transmitindo as experiências que tiveram. Neste momento, a imagem do nosso País é positiva no exterior. A Copa é uma excelente oportunidade para confirmarmos tudo isso. Precisamos saber que um erro não irá depor contra um Estado ou outro, e sim contra o Brasil.

Segundo José Ricardo Botelho, secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, o governo federal já elaborou um planejamento tático e estratégico para diminuir os índices de violência até 2014. Em São Paulo, há preocupação especial com "tráfico de pessoas, homofobia e racismo" durante o Mundial, além do temor de ações terroristas. O principal motivo de apreensão nacional, no entanto, é assumidamente em relação ao crime organizado, conforme concordou o ministro Cardozo.

- Faltam três anos para a Copa. Dá para fazer muita coisa até lá. Teremos uma segurança excelente nesses grandes eventos e deixaremos um legado para as próximas gerações. Estamos no caminho certo. Se alguém imagina que algum País já resolveu o problema da violência, está enganado. Até as nações desenvolvidas têm se reunido para discutir tráfico de drogas e crime organizado.



fonte R7

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