*DANNY JORDAAN APRESENTA SUA "EQUIPE VITORIOSA"E ELOGIA BRASIL

Durante quase duas horas em aguardada palestra na Soccerex, o executivo da Fifa, Danny Jordaan, apresentou junto à sua “equipe vitoriosa” a cartilha seguida para realizar a Copa 2010, na África do Sul. Líder do comitê local, o dirigente resumiu os seis anos de trabalho, destacou a competência do então técnico Parreira para ajudar no crescimento da seleção anfitriã e não deixou de elogiar, posteriormente, os avanços que têm observado nos preparativos do Brasil. Havia três representantes do COL, que agora contará com Ronaldo Fenômeno, no salão.

Danny Jordaan (Foto: André Casado / Globoesporte)

- Não tenho muitos detalhes, mas nos últimos meses, pelas fotos que tenho visto, os estádios andaram bem. Era importante que se resolvesse tudo e eles saíssem do chão. Com isso feito, agora é questão de tempo e atenção. Minha esperança é de que os brasileiros cumpram as expectativas, e estou à disposição para ajudar - afirmou Jordaan, na área vip do evento, que termina nesta quarta-feira, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Para ele, o maior desafio é assegurar um legado ao país em termos de turismo, para que os benefícios da competição não se restrinjam a apenas um mês de disputa. Os estádios na África, apesar da desconfiança, estiveram cheio em sua maior parte, mas Jordaan ainda lamenta que a crise mundial tenha afetado a circulação geral.

- Era a realidade global, não é uma questão simples de controlar. Acho que fizemos por onde ajudar, mas tudo depende de uma série de circunstâncias. Estamos felizes porque muita gente vai ao país, o orgulho é grande. É importante os organizadores do Brasil entenderem que é preciso fazer com que se conheça as cidades, mesmo que o time não vá jogar lá. É o caso semelhante da África do Sul: três ou quatro cidades eram muito conhecidas, mas o resto, não. O Governo deve agir nisso o quanto antes - orientou.

Jogando em casa, os Bafana-Bafana avançaram às oitavas de final do Mundial passado, mas não vêm bem das pernas, segundo o dirigente.

- Uma pessoa importantíssima para o desenvolvimento do time foi Parreira (ex-treinador da África do Sul). Ele ajudou no interesse do povo pela seleção novamente. Agora, os resultados não estão nos deixando felizes. Há uma preocupação, mas acho que temos boas chances de nos classificamos, pois são cinco vagas - analisou.

Sem atritos com a Fifa

Copa do Mundo (Foto: Getty Images)

Profissional do marketing da Fifa desde 1998, Danny Jordan aproveitou para orientar que não haja atrito com a entidade, algo que muitos políticos de Brasília estão criando em virtude da Lei Geral da Copa, que dá soberania ao órgão para interferir em leis vigentes no Brasil.

- É um evento da Fifa há muitas décadas. Não é meu, nem só do meu país. Temos de respeitar, senão não vai acontecer da maneira certa. Gastamos muitos dias analisando o que, na prática, teria de ser feito e como seria feito. As exigências vinham de todos os lados, sim, mas são necessárias para que o público também não se prejudique. E o apoio que tivemos de ministros foi conquistado. No comitê, tínhamos como membros alguns dos principais políticos do país, o que facilitava tudo

- Mas estabelecemos uma data-limite em 2009 para que os avanços tecnológicos, em comunicação especialmente, não fossem mais atualizados, até para os valores gastos não mudassem. A partir de então, já não eram mais nossa responsabilidade - revelou.

Jordan, de 50 anos, teve o auxílio de quatro integrantes de sua equipe (todos europeus), que falaram a respeito de segurança geral, da questão social – comparada ao Brasil –, das condições de campo e hospedagem para as seleções – tratadas como fundamentais para o sucesso, por conta da influente opinião de jogadores e treinadores – e de infra-estrutura digital de última geração para o porte de uma Copa do Mundo.

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